- Wander B.
TEATRO ONLINE?
Acabei de ler um post de ator Eduardo Bartolomeu que achei muito interessante e divertido. Disse ele:
"Quem acha que teatro online é teatro, faz teatro online. Quem acha que não é, não desonlineia o onlinismo de quem onlina."
Eu confesso: estou entre as pessoas com dificuldades com o teatro-online.
Mas, lendo o post, me veio uma coisa bacana na cabeça.
Em curtas linhas: teatro-online não é teatro, é teatro-online!
Conclusão besta, né, gente? Mas calma...
Quero dizer com isso que uma nova categoria de expressão artística está nascendo. E que pode ser legal - e que seja super legal!
Me parece bom, no entanto, diferenciar o teatro do teatro-online, no sentido de mantermos a importância da presença física, do encontro entre as pessoas, do compartilhamento que só pode acontecer olhos nos olhos - isso que o teatro representa como nenhuma outra arte. Mas podemos aceitar, sim, que as coisas vão se desdobrando e novas formas vão surgindo.
Pensemos:
Fotonovela, radionovela e telenovela são desdobramentos da prosa novelística. São todas diferentes entre si, mas partem de um ponto em comum. Podemos olhar assim para o teatro-online - e lembrar inclusive do teatro na televisão feito por mestres como Antônio Abujamra e Antunes Filho, entre outros, na TV Cultura - que, por sinal, poderia disponibilizar esse acervo pra gente assistir durante o isolamento: quanta coisa bonita e interessante rolou no Teatro 2!
E pra concluir a postagem, um pouco mais de obviedade:
Quem não tá na onda de onlinizar, não onliniza.
E quem já está onlinizando, evidentemente, que siga fazendo do jeito mais prazeroso possível.
Já existe até o emoji de cocô pra gente desejar merda virtualmente.
Sigamos!